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A Rainha da Floresta explora mundo místico das bruxas

Atualizado: 8 de jun. de 2021



Em “A Rainha da Floresta”, livro de Ana de Leão, Anaís é a princesa do próspero Reino das Joias e está prestes a se casar com seu prometido príncipe Victor. No entanto, no dia do seu noivado, um estranho acontecimento mudará sua vida para sempre. Ao receber anel de seu noivo, ele muda de cor para Roxo, o que revela que Anaís na verdade é uma bruxa.

Forçada a fugir para salvar sua vida, a princesa precisa chegar a tão temida Floresta das Sombras, local que as lendas sempre descreviam como sombrio e assustador, onde vivem as terríveis bruxas. Porém, ao chegar lá, ela descobre que tudo o que sabia sobre a floresta sombria e sobre a sua própria origem eram mentiras.

O local na verdade se chama Floresta Da Lua, um lugar mágico que é o lar das bruxas, criaturas que possuem magia

A maioria delas são bondosas e tem uma forte ligação com a natureza. Contudo, uma maldição lançada por uma mulher amargurada várias gerações atrás acabou abalando a magia da região e por causa dela, as bruxas e a floresta passaram a ser temidas pelos humanos.

Ao chegar, Anaís descobre que na verdade é a Rainha da Floresta e a chave para quebrar essa maldição. Sua presença restaura a magia e transforma totalmente a floresta, libertando as bruxas do mal que as afetavam. A partir daí se inicia uma jornada de crescimento da jovem, que irá em busca de aprender sobre suas origens e como exercer seu papel como Rainha.

A mitologia desse livro é bem elaborada e completamente cativante. A descrição das bruxas lembra bastante a Wicca, uma religião neopagão que acredita na existência de dois deuses e na utilização das forças da natureza e as energias que nos cercam. Isso é muito interessante pois mostra uma forma de representação das bruxas ainda pouco explorada em outras fantasias populares em que elas aparecem e são descritas.

A Rainha da Floresta é o tipo de livro que te deixa morrendo de curiosidade para saber o que irá acontece a seguir. O mistério por trás da origem da personagem e da maldição acabam te deixando bastante intrigado. A escrita é um pouco densa no início de livro, mas a leitura acaba fluindo melhor algumas páginas a diante e isso não diminuiu em momento algum a curiosidade para saber sobre os próximos acontecimentos.

Um dos pontos mais positivos para nós do Casquinha Literária foi a narrativa rápida. A jornada de Anaís começa a se desenvolver já nas primeiras páginas, sem muita enrolação, o que as vezes acontece em livros do gênero e acabam tornando a leitura cansativa.

Mesmo sendo um livro pequeno e de leitura rápida, a autora conseguiu desenvolver bem a história e os personagens, dando a eles a complexidade necessária para justificar suas ações e características. A história foi bem amarrada e não deixou pontas soltas, embora em alguns momentos sentimos falta de descrições mais detalhadas.

No momento em que começamos a ler e vemos que ela está comprometida, já dá pra sacar que o tal príncipe vai rodar e ficar sem noiva . Não dá pra ter fé em um casal de primeira página. No entanto, no momento em que o novo interesse amoroso de Anaís surge na narrativa, nós logo percebendo que ele é cara que conquistará o coração da nossa mocinha.

O Grande Mago é um personagem bastante interessante. Com um passado bastante triste, ele acaba se tornando uma pessoa amargurada com a vida. Não posso negar, tive momentos de raiva com ele e se eu fosse a Anaís, tinha dado na cara dele e mandado ele falar direito comigo!

Mas calma, isso passou. O Nosso querido mago não se tornou uma pessoa super doce e pacífica, mas a presença da Rainha o fez se abrir mais e ser uma pessoa mais gentil com todos da floresta. A própria Anaís me irritou em certos momentos, mas pelo motivo oposto: ela é boa demais!

Anaís tem 0 maldade no coração e

acredita profundamente que todos merecem uma segunda chance (e uma terceira também), mesmo que essa pessoa tenha colocado a vida das pessoas do seu reino em risco. No entanto, isso não é necessariamente uma coisa ruim.

Mesmo com seu povo em risco, ela mostrou misericórdia. Acredito que a mensagem que esse livro passa é que, embora todos nós cometamos erros, ninguém é totalmente mal. É por isso que é importante dar uma chance de redenção, se for esse o desejo verdadeiro da pessoa.

Embora o enredo tenha um final digno para finalizar bem a história, uma fala de Ilka, uma das personagens, durante uma cerimônia que acontece no final do livro me deixou com uma pulginha atrás da orelha. Essa frase deu margem pra imaginar que talvez, nesse universo, existam outros mundos que não foram explorados nesse livro. Será que teremos aí uma deixa para uma possível sequência?

Explorar os outros mundos mencionados por Ilka, seria uma ótima sacada, mas isso são apenas devaneios de uma leitora. Mas, se essa teoria tem algum fundamento ou não, só a autora pode nos dizer. E então Ana de leão, será que vamos ter a continuação dessa história? Por que se for, nós queremos ler com certeza!

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