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Escritora de Romance e virgem, um livro para se apaixonar e morrer de rir




Imagine uma jovem cujo o sonho é escrever um livro de romance. Até aí tudo bem, mais eis o problema: os melhores e mais interessantes romances costumam ter algumas cenas de sexo entre os protagonista e essa jovem escritora não sabe nada sobre o assunto. Esse é o enredo do livro "Escritora de Romance e... Virgem".


No livro conhecemos Rosie, uma jovem de 23 anos formada em letras cuja a única oportunidade de emprego que conseguiu após sair da faculdade foi em uma revista sobre gatos, escrevendo coisas como as melhores formas de coletar cocô. Poderia até não ser tão terrível se ao menos Rosie não detestasse tanto os felinos.


O sonho dela é ser uma escritora bem sucedida de livros de romance. No entanto, ela foi superprotegida pelos pais durante sua criação, estudou em casa e não teve a oportunidade de viver as experiências de um adolescente normal, o que resultou em conhecimento 0 no quesito sexo. Tudo que ela sabe sobre o assunto aprendeu nos romance eróticos que lia escondido da mãe , onde os órgãos sexuais eram descritos como "partes femininas", "roseira macia" ou "espada carnuda latejante", entre outras pérolas dos romances dos anos 80.


E sim, nossa querida escritora de romance virgem usa essas expressões em seu livro e acha super normal. Isso até seus colegas de apartamento, Henry e Delaney a convencem que ninguém mais usa expressões assim hoje em dia e que para realmente descrever bem essas cenas, ela precisa viver a experiência real, ou seja, perder a virgindade.


A partir daí, ela começa a suas aventuras em vários encontros em busca do cara certo para a "deflorar". A ingenuidade da personagem é tão grande que ela acaba protagonizando algumas cenas hilárias em cada novo encontro.


Até as tentativas dos amigos de ajudá-la acabam rendendo muitos momentos de muita risada para o leitor, como uma certa depilação que não deu certo e depois, com uma consequência do acontecido, acaba levando seu próximo encontro a pensar que ela era viciada em cocaína (só lendo pra entende 👀).


Rosie não espera namorar, casar, ter três filhos e um cachorro com esses novos pretendentes. Tudo que ela quer deles é ter experiências sexuais para poder escrever seu livro com mais facilidade. A única pessoa por quem ela realmente demonstra algum sentimento é seu amigo Henry. Ela nutre uma quedinha secreta por ele desde que se conheceram na faculdade, mas nunca fez nada a respeito.


Mesmo que no fundo Rosie saiba que gosta de Henry, ela nega esse sentimento e não tem nenhuma esperança de que aconteça algo entre eles. Ela acredita que ele é areia de mais para seu caminhãozinho. Além disso, por ele ser seu melhor amigo, Rosie tem certeza de que jamais a viu com outros olhos.


Só que isso muda de figura quando Henry começa a se queixar dos seus encontros e a demonstrar interesse em ensinar a ela tudo que ela quer saber. Quando ele começa a agir como se realmente quisesse algo sério, nossa escritora entra em pânico com medo de estragar a amizade que tanto preza.


O inusitado do livro é justamente a ingenuidade de Rosie, que as vezes causa até vergonha alheia no leitor. Ninguém espera que uma mulher de 23 anos saiba tão pouco sobre o ato sexual em si, mesmo que seja virgem. Afinal hoje em dia se tem a Internet (e os livros) que estão para ensinar algumas coisinhas.


Mas é justamente essa ingenuidade que acaba gerando algumas cenas hilárias , como num episódio envolvendo órgãos genitais masculinos não depilados e pelos pubianos presos na garganta.

As poucas vezes em que Rosie quase chega aos finalmentes nos seus encontros sempre acabam em desastre, o que faz seus amigos rirem da coitada até cansar.


Outro ponto interessante é que a própria Rosie é uma leitura voraz, o que rende menções a personagens como Cristian Grey e Anastasia, Sr, Darcy, entre outros. Ao ler a história o leitor acaba se identificando com esse lado personagem, que não esconde em momento algum seu amor pela literatura.


E sim, esse é um daquele romances clichês onde a mocinha se apaixona pelo melhor amigo e vive versa, mas é uma história que vale muito a pena de ler.


É uma leitura rápida, sem o intuito de ser sexy o tempo todo e que vai tirar gargalhadas do leitor.

É o tipo de livro que eu gosto de ler para relaxar e esquecer da vida um pouco, sem a pretensão de uma leitura densa e profunda.


Como uma amante de Chick-lit, sou suspeita para falar, mas amei esse livro. Para quem não sabe, Chick-lit é um gênero literário que traz romances leves e divertidos que aborda questões da mulheres modernas, como a busca por realização profissional, por exemplo. Pra mim, esse livro é um excelente exemplo do gênero.


Como uma gateira de carteirinha, a aversão a gatos não me agradou tanto, mas confesso que entendo a personagem.

O gato que atormenta no trabalho é a própria encarnação do coisa ruim. Mas apesar disso, o livro é muito bom e indico a qualquer um que queria uma leitura divertida para passar o tempo.


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